domingo, 8 de novembro de 2020

O homem que destruiu Abril e a sua conquista maior a liberdade do 25 de Novembro

 Em 2015 António Costa quebrou uma barreira que estava estabelecida pelos fundadores da democracia em Portugal, Sá Carneiro e Mário Soares. Os partidos do centro não se aliam à extremas custe o que custar. Com base nesse pressuposto tanto PSD como PS tiveram alguns governos minoritários que não resistiram muito tempo, mas que preferiram a romper essa barreira.

Em 2015 o PS faz um acordo de governação com extremistas que apoiam regimes como a Coreia do Norte, a China ou a Venezuela e que exigiram medidas que vão custar a Portugal milhares de milhões de euros, o desenvolvimento sustentado e a preparação da economia para embater as crises cíclicas que sempre aparecem. Os milhões enterrados na TAP, o acordo à pressa para vender o BES e o novo descontrolo da despesa publica entre outro foram a moeda de troca inaceitável para o país, e para os democratas. No dia em que fez isto Costa não percebeu (ou percebeu, mas esteve-se nas tintas) que estava a cavar a extrema direita em Portugal.
O Costa, na sua ânsia de poder, criou assim um país que em vez de ter dois partidos no bloco central em que as alianças eram possíveis entre todas as forças democráticas (recordemos alianças PSD + CDS, PS + CDS, PSD + PS), tem dois blocos de esquerda e de direita, em que não podem aliara-se entre si e terão que recorrer a alianças com os extremos das suas áreas com os custos que isso tenha para o estado de direito e as reversões que isso vai implicar. Verdade que também apareceram ou reforçaram-se alguns partidos na esfera democrática como a IL, mas para já não com força suficiente para evitar a necessária aliança à extrema direita pelo PSD.
Se a aliança PSD e Chega vão trazer reversões a algumas conquistas? Temo bem que sim, mas a questão não é essa. A questão é se essas reversões são mais ou menos importantes que as reversões que o PS traz com a alianças à extrema esquerda. Pelo que vimos e sabemos até agora a cedências de Costa foram muito maiores e muito mais impactantes e prejudiciais para Portugal do que qualquer das cedências que Rio teve de fazer para afastar um mal maior. O Clã Cesar.
Na verdade, António Costa obrigou o PSD pela primeira vez na sua história a ter de aceitar negociar com extremo da ala direita para salvar o país do caos Socialista… Costa ficará para sempre na história de Portugal como o homem que destruiu Abril e a sua conquista maior a liberdade do 25 de Novembro

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Figura publica acidental

 


Desde o fim da Monarquia que ninguém nasce uma figura publica e são raras as situações em que alguém fica uma figura pública sem que o tenha procurado. Pode até acontecer ser-se momentaneamente uma figura de interesse publico por circunstâncias acidentais, mas mesmo nesses casos maioritariamente só se transformam em figura pública as que aproveitam o momento para lançar protagonismo pessoal.

Uma vez sendo uma figura pública, tudo o que se faz na esfera pública é parte desse papel. Excluem-se naturalmente as questões familiares, o grupo de amigos, o pessoal com que joga à bola, onde a privacidade deve ser respeitada. Neste contexto e para dar um exemplo as piadas da besta do João Quadros passam muitas vezes o limite, quando deixam de tocar nas relações publicas e passas a entrar na esfera privada de uma figura publica.

Tirando isso todos os atos de alguém que decidiu ser uma figura publica são escrutináveis publicamente, sendo tão mais importantes quanto maior o relevo e o poder dessa figura publica na sociedade.

A declaração de apoio da figura publica António Costa, primeiro ministro de Portugal ao Luis Filipe Vieira, presidente e candidato a presidente do Benfica e arguido em vários processos não pode em nenhum caso ser vista como algo da esfera pessoal. É uma declaração de apoio publica do presidente do PS, do Primeiro ministro de Portugal, tal como foi a visita ao Sócrates e que mostram bem a forma como o detentor do poder executivo em Portugal procura condicionar a aplicação do poder judicial aos que lhe são próximos.

Não está em causa que um político possa apoiar qualquer lista a qualquer associação ou clube. O que está em causa é se pode alguém com um poder publico muito forte, apoiar publicamente outra figura publica que tem processos a correr contra ele ou com quem, as entidades em que exerce o poder têm relações importantes e possam asism condicionar quer a justiça quer o resultado das eleições. 

Todos os políticos escolheram ser figuras publica, e nem o Costa, nem o Medina tem o direito de escolher o que é um ato publico ou o que é um ato privado.

terça-feira, 12 de março de 2019

Andem com uns tomates no bolso


Neto de Moura processa comediantes, jornalista e políticos por terem sido maus para ele. 
O Bloco de Esquerda faz queixa do Bruno Vitorino porque ele foi mau para o LGBTIAQ.... ou lá quantas letras isto tem. Em Portugal a malta da extrema esquerda e da extrema direita diverte-se mesmo é a fazer queixinhas. São iguaizinhos!!!

O que estes atores falhados que enredam pela política querem é dar espetáculo. Gostariam de estar no D. Maria... mas a sua fraca qualidade faria com que ninguém quisesse pagar para os ver, pelo que tem que se resignar à tragicomédia de ser um politico extremista

De fato não cabe na cabeça de ninguém que um juiz não possa ser criticado e muito menos que um deputado e político não possa ser critico (ou mesmo muito critico) à decisão de levar para miúdos de 11 anos a discussão da sexualidade.

O que o BE e os seus atores sem palco querem mesmo, não é mais do que o Juiz Neto de Moura quer... um palco onde possa atuar sem que os espectadores lhe atirem tomates, porque isso seria politicamente incorreto.

Por isso aconselho a todos.... adem com uns tomates nos bolsos e se virem um homem, uma mulher, uma Lesbica, um Bisexual, um Gay, um Transexual, um intersexual, um assexual, um queer... (já sei que vou ser multado porque me esqueci de algum) membro do Bloco, ou o Juiz Neto de Moura atirem-lhes o tomate à cara ... que é o que se faz aos maus atores quando entram em palco.

Nota importante: A liberdade de orientação sexual é um direito básico de qualquer cidadão e isso não está em causa neste texto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O PSD é grande demais


Nos últimos anos o PSD tem sido um bastião da demagogia, porque quase sofre da síndroma de partido único. Toda a gente que não se quer aproximar de um PS que muitas vezes se volta pró-marxista e que não se sente parte da direita conservadora do CDS, acaba a aterrar no PSD. O PSD que devia ser o bastião dos sociais democratas converteu-se no partido único do Centro. Não importa se sou-social democrata, liberal, ou até um socialista desiludido, acabo no PSD.

Esta situação que durante anos ajudou PSD a crescer é agora a sua fatalidade. Numa altura em que o país tem que escolher um modelo politico-o-económico o PSD não consegue apresentar uma alternativa, porque alberga várias.

Numa democracia ocidental, não existe o modelo de partido único e as diferentes correntes devem ir a eleições em partidos diferentes, sendo que as alianças se fazem para unir os votos do eleitorado e fazer consensos que reflitam a expressão eleitoral. Seria muito importante que o PSD separasse os seus blocos em partidos diferentes, para que cada um possa livremente expressar os seus modelos.

Diz-se que a ideologia morreu, mas muitos como eu ainda acreditam que politica se ideologia é demagogia.


Eu pessoalmente acredito que Portugal é um país Social democrata, e que se os PSD pudesse exprimir o seu modelo social democrata, seria um maior partido do que é hoje a tentar ser guarida de todos.

Em jeito de recordatório fica um exemplo da pratica politica dos diferentes moedelos na europa


sábado, 3 de novembro de 2018

Os arquitetos do Neofascismo



Maslow teorizou de que os indivíduos têm uma hierarquia de necessidade e de que de nada serve cumprir uma necessidade de nível superior se a necessidade de nível anterior não estiver cumprida.

Kar Marx sempre pensou que em termos de números a maioria da população num regime capitalista seriam operários mal pagos e que por isso a força dos números de pessoas com necessidades fisiológicas ou de segurança levariam a revoluções que iriam instaurar uma ditadura das massas o que iria garantir a equidade na distribuição de riquezas. O que ele não esperava é que com o desenvolvimento tecnológico a maioria da população tivesse com as necessidades básicas cumpridas e que isso levasse à evolução dos regimes e não à revolução.

Numa democracia espera-se que a elite política seja suficientemente inteligente para a manter e não deixar que um dos seus pilares (eleições livres e universais) seja usadas para a por em causa. Aparentemente tem-se esperado mal porque em boa parte do mundo democrático as elites políticas foram perdendo cultura geral, deixando de compreender os fundamentos do conhecimento sociopolítico da humanidade e por isso incapaz de fazer as escolhas certas para preservar a democracia e os valores humanistas.

No seculo XXI, em vez de revoluções parece haver transformações para regimes não democráticos. Há Fascistas e Comunistas que mantém eleições livres direta e “justas”, desde que consigam manter o temor pelas necessidades básicas da maioria da população.

Os grandes arquitetos do neofascismo ocidental têm sido por isso os políticos democraticamente eleitos que se aproveitaram da democracia para benefício próprio (monetário ou de ego) e fizeram perigar as suas fundações. Não há democracia sustentada se a grande maioria da população não tem cumpridas as necessidades fisiológicas e de segurança, e não haverá segurança para a maioria da população se a totalidade da população não tiver pelo menos as necessidades fisiológicas (alimentação, higiene e habitação) cumpridas.


No Brasil as políticas económicas do PT levaram a um desinvestimento económico por parte dos privados, um aprofundamento da pobreza generalizada o que fez crescer a insegurança da classe média a um nível que fez com que preferissem arriscar a liberdade pelo aumento da segurança. Se não compreendermos o que se passou no Brasil e seguirmos os pensamentos da esquerda não central (para não lhes chamar extrema esquerda) de que o povo Brasileiro é estúpido e não sabe o que fez estaremos a caminhar para que nos aconteça o mesmo e um dia virmos a ter um qualquer André Ventura a liderar o país – Talvez já na próxima crise económica.

sábado, 6 de outubro de 2018

As Santanisses do ministro da Defesa

Com o todo o tempo que António Costa está a levar para fazer o que tem que ser feito, retirar a confiança política ao ministro da defesa e pedir a sua demissão começa a surgir a questão. Será que ele sabia da tática montada para que as armas reaparecessem? A minha dúvida não é se Azeredo Lopes sabia... isso está mais do que claro, desde logo quando ele questionou se teria mesmo havido um assalto. É óbvio que já nessa altura ele sabia que as armas iriam reaparecer.


A minha dúvida é se Azeredo Lopes não têm o nossos primeiro preso pelas partes baixas, por ter provas que, também ele António Costa, estava por dentro da operação de recuperação; É hoje claro que o ministro da defesa não vai cumprir o mandato, mas com todas estas confusões continua no governo por alguma razão que nos escapa a todos. ... será que o mestre da geringonça não vai deixar cair a batuta pela mão que menos se esperava? Por muito menos confusões que estas Jorge Sampaio (e bem) fez cair Santana Lopes.

O homem que destruiu Abril e a sua conquista maior a liberdade do 25 de Novembro

  Em 2015 António Costa quebrou uma barreira que estava estabelecida pelos fundadores da democracia em Portugal, Sá Carneiro e Mário Soares....